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Produção de conteúdo escolar de qualidade

O que faz do livro escolar uma ferramenta tão poderosa no cotidiano das escolas e na vida de milhões de estudantes brasileiros? A resposta pode ser encontrada na história das iniciativas de elaboração e divulgação de obras didáticas, mas também nos processos de produção mais recentes, e que garantem elevados padrões de qualidade.

“O livro escolar é, ao mesmo tempo, um aliado do professor e um pedaço da escola que o aluno leva todos os dias para casa e pode, inclusive, compartilhar com a família”, destaca José Ângelo Xavier de Oliveira, presidente da Abrelivros. Desse modo, as obras desempenham um papel, em grande medida, estruturante na aprendizagem, propiciando a todos clareza do currículo, o que se espera em cada disciplina e a evolução lógica dos temas tratados, por exemplo.

Para que isso seja possível, há por trás do conteúdo de cada livro um trabalho de intensa curadoria, que começa com o planejamento editorial e se estende aos diversos elementos técnicos, como textos, imagens, infográficos e assim por diante. Este é o caminho para assegurar, entre outros aspectos, exatidão de informações e adequação aos objetivos pedagógicos em relação às diversas faixas etárias.

Foto de homem de pele branca e cabelos curtos olha para a câmera seriamente. Ele usa uma camisa clara e um paletó cinza escuro.

José Ângelo Xavier de Oliveira, presidente da Abrelivros.

Para manter tal relevância, contribuindo para um ensino inclusivo e de qualidade, há no horizonte desafios significativos. “Com a pandemia, ficou ainda mais evidente que o conteúdo tem de ser multiplataforma, valendo-se de vários recursos, entre eles os digitais”, afirma José Ângelo. “O potencial colaborativo das novas tecnologias deve ser crescentemente explorado, gerando novas possibilidades de interação entre professores e alunos.”

Talento e trabalho em equipe

Todas essas características fazem do livro escolar um produto único no setor editorial, como atesta Marcos da Veiga Pereira, que por sete anos esteve à frente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). “É a soma de diversos talentos, de várias áreas, que, combinados, geram conteúdos diferenciados e fundamentais para alunos e professores”, destaca.

A complexidade crescente dos conteúdos, que vão além das obras impressas, exige ao mesmo tempo investimentos significativos e trabalho em equipe. É necessário levar em conta os diversos papéis do livro escolar, incluindo a disseminação das diretrizes curriculares e a formação dos professores.

Foto de mulher de pele clara e cabelos lisos na altura do ombro com mechas loiras. Ela está com a cabeça inclinada, sorri e olha para a câmera. Usa brincos de argola e uma blusa preta com gola em V.

Silvia Panazzo, pesidente da Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (Abrale).

“Além de dominar sua área de conhecimento, os autores devem se debruçar sobre conceituações metodológicas e pedagógicas e serem capazes de dialogar com outras dimensões da confecção do livro, mais amplas que os limites dos textos. Isso requer uma abordagem multidisciplinar”, explica Silvia Panazzo, presidente da Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (Abrale).

Próximo Infográfico: Passo a passo da produção do livro