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Em um país que arrasta século 21 adentro o crucial desafio da desigualdade, o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) é expressão de uma política bem-sucedida para a garantia de direitos fundamentais: à Educação, à leitura e à cidadania. Isso não acontece por acaso: o PNLD reúne as virtudes de iniciativas a longo prazo, construídas em bases técnicas e garantidas pelo Estado. É fruto de aprimoramentos sucessivos, desde que seu embrião foi lançado, em 1937, com o Instituto Nacional do Livro.

Às virtudes como política social, deve-se somar também seu dinamismo, permanentemente se atualizando. Desde 2012, o programa assumiu, por exemplo, o propósito de estimular o mercado editorial a participar do movimento global de transformação digital na transição paulatina dos recursos físicos para plataformas, objetos de aprendizagem e outras formas de promoção da aprendizagem on-line.

Desde então, os editais preveem o uso de objetos de aprendizagem digitais como apoio ao texto impresso. Nos editais mais recentes, já há até mesmo a inclusão de objetos de aprendizagem exclusivamente digitais. Assim, o livro escolar não é prisioneiro do tempo, ainda que tenha importância reconhecida há mais de um século. É uma ferramenta do presente, que impulsiona a Educação e a escola em direção ao futuro — no qual a obra didática continuará sendo recurso insubstituível de democratização do conhecimento.

Esse papel somente é possível graças às características únicas das obras voltadas às crianças e aos jovens. É por meio dos livros didáticos, por exemplo, que o currículo se torna ação educativa na prática cotidiana de milhares de salas de aula. Eles também servem de instrumento de apoio à formação dos professores. Ao mesmo tempo, é difícil imaginar que políticas públicas na área de Educação possam ser implementadas sem que estejam refletidas nas páginas das obras escolares.

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